segunda-feira, 27 de junho de 2011

A língua que moldou ao português brasileiro!



A língua portuguesa ganhou um colorido especial por causa do contacto com o tupi e se distanciou muito do português falado em Portugal. O tupi também sofreu influência do português e as palavras se tornaram mais simples, desaparecendo muitos sons guturais e nasais. A língua de contato entre o colonizador e os povos indígenas do litoral é o tupi mais precisamente o dialeto tupinambá.

Os jesuítas estudam a língua, traduzem orações cristãs para a catequese e ela se estabelece como língua geral, ao lado do português. Na metade do século XVIII (1757), o tupi tem sua utilização e o ensino proibidos pelo Marquês de Pombal. Nessa época, o português se fortalece com a chegada de grande número de pessoas de Portugal. Com a expulsão dos jesuítas do país (1759), o português fixa-se definitivamente como o idioma do Brasil.

Da língua indígena, o português incorpora principalmente palavras referentes à flora (abacaxi, buriti, carnaúba, mandacaru, mandioca, sapé, taquara, peroba, imbuia, jacarandá, ipê, cipó, pitanga, maracujá, jabuticaba, caju), à fauna (capivara, quati, tatu, sagüi, caninana, sucuri, piranha, araponga, urubu, curió, sabiá), a nomes geográficos (Aracaju, Guanabara, Tijuca, Niterói, Pindamonhangaba, Itapeva) e a nomes próprios (Jurandir, Ubirajara, Maíra).

A primeira vez que se tentou ensinar o tupi no nosso país foi em 1840. Em agosto de 1840 que o historiador Francisco Adolfo de Varnhagen propôs, depois de longas conversas sábias e justas, que se pedisse com urgência ao Governo do Império a criação de cadeiras de língua tupi. O Governo Imperial não ouviu, não atendeu, não criou...

Em 1933 João Ribeiro fez outra tentativa. Ninguém o ouviu...

Estima-se entre 150 e 180 o número de línguas indígenas faladas hoje no Brasil. Durante o período colonial, a língua mais importante era o tupi-guarani, que apresentava duas variantes _ o tupi antigo e o tupinambá _ faladas na região que ia do atual Estado de São Paulo ao Estado do Maranhão.

          postado por: Sarah Mayara

Um comentário:

  1. É evidente que nessa sucinta história da língua portuguesa no Brasil, a imposição imperialista dos colonizadores, mais precisamente dos jesuítas, foi de intensa influencia na cultural lingüística reinante em nosso território. Abrindo um paralelo nessa história não devemos citar apenas Portugal como o formador do caráter linguístico do Brasil, como foi citado no texto, o Brasil teve grande imposição em termos culturais da igreja católica. A catequese dos nativos não foi uma “mera” benção, mais uma imposição da cultura nobre (vestimentas, artesanato, moradias e suas línguas). Durante as primeiras décadas do colonialismo, não ouve imposição a linguística nativa por parte dos colonizadores, mais a necessidade de compreendê-la. Essa compreensão se prolongou ate o inicio dos primeiros governos gerais, ate então apenas os jesuítas impulsionavam a ruptura da língua nativa para os moldes de Portugal.

    JP GEO/BACH

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