sexta-feira, 10 de junho de 2011

A história da norma padrão.



A norma-padrão, aparenta ser mais rica e mais complexa do que todas as outras variedades línguísticas falada em nosso país. Mas, na verdade ela não é melhor, ela apenas recebe mais investimentos do que as outras. A norma padrão possui palavras mais eruditas, possui um vocabulário maior e mais diversificado, tem expressões  que servem de modelo para serem imitados, porém se esse mesmo investimento fosse dado a qualquer outra variante, ela também seria rica e seria capaz de ser usada para todo tipo de mensagem, de discurso, de texto científico, literário...
Por exemplo: Se pegassemos umas das línguas indígenas faladas no Brasil e dessemos o mesmo investimento, ela se tornaria complexa e cheia de recursos quanto o português-padrão. A conteceu algo assim na Nova Zelândia. O idioma mais usado lá é o inglês, implantado pelos colonizadores britânicos. Porém os habitantes mais antigos do país os maoris, conseguiram reconquistar muito do que perderam no passado: terras, obtiveram leis protegendo sua cultura e sua identidade como povo. Nos últimos vinte anos, a língua maori se tornou uma das línguas oficiais da Nova Zelândia e é usada nas rádios, na televisão, é impresa em jornais e revistas, é ensinada nas escolas e existe até uma universidade onde todos os cursos são dados exclusivamente em língua maori. A língua maori recebeu um grande investimento, a língua que antes era considerado um idioma "tosco" de um povo "primitivo", hojé é uma das línguas oficiais da Nova Zelândia.

A partir do momento que se estabelece uma norma-padrão, ela ganha tanta importância e tanto prestígio social que todas as outras são consideradas "erradas", "feias", "inadequadas", "pobres"... Essa norma- padrão passa a ser chamada de língua, como se fosse a única representante dos falantes desta língua. As variedades são escolhidas por "diversas  razões". Por exemplo: Na Itália, a língua italiana, foi orinária de uma região chamada Toscana. Essa regiõ teve uma grande importância, tendo a cidade de Flrorença como a capital política e cultural. Floresnça foi palco de grandes artistas, lá trabalharam e viveram gênios como Leonardo da Vinci, Michelangelo e Botticelli. Além disso muitas obras primas foram escritas na língua da Toscana. Toscana também contava com uma moeda forte, o florim, que foi uma moeda importante de comércio internacional durante mais de duzentos anos e que gerol um sistema bancário muito evoluído para a época. Tanto prestígio fez com que o toscano se tornasse a língua de cultura de toda a Itália. E isso apesar de existirem dezenas de línguas diferentes, faladas por milhões de pessoas naquele país.
Aqui no Brasil, a norma padrão se deu devido a colonização. A descoberta do ouro em Minas, a transferência da capital da Colônia para o Rio de Janeiro, em 1763, e a crescente industrialização de São Paulo, tudo isso fez com que o português formal usado pelas classes privilegiadas começass a ser considerado o modelo a ser imitado, a norma a ser seguida, o português-do-Brasil. É por isso que as variedades de outras regiões, como a nordestina são consideradas "engraçadas", "divertidas","erradas","feias", pelos sudestinos.


Você sabe por que os cariocas "xxxiiiiam"  ?
Como isso começou? Por causa dos portugueses, quando chegaram aqui, os brasileiros dessas regiões(RJ, SP, MG), perceberam um sotaque nos portugueses, perceberam que eles falavam "diferente", então passaram a imitá-los, chiando também. Veja só, talvez eles achassem aquele modo de falar bonito, ou achavam que era o correto já que eram ricos, elegantes...mas, o engraçado é que eles gostaram e  imitaram o diferente, então por que eles, que um dia, imitaram alguém, têm preconceito contra os Nordestinos? Incrível não?! Será que eles já pararam para pensar que se os portugueses falassem do mesmo modo que os Nordestinos, seriam eles que falariam errado?! 
Nesse nisso!

4 comentários:

  1. Oi,
    meninas,
    cuidado com a confusão entre norma culta e norma-padrão. Nã seria interessante discutir esta questão aqui?
    abraços,
    Aluiza

    ResponderExcluir
  2. Oi,
    pessoal,

    por favor, não esqueçam de colocar no texto de vocês a fonte inspiradora, ok?!

    abraços,
    Aluiza

    ResponderExcluir
  3. Caso não tivesse escrito em norma culta, eu não o entenderia.
    Usar a norma culta não é ser elite, moro na favela e preocupo-me com a norma culta. É o que garante a unidade da língua e o que me faz expressar de forma concisa. Depois falando-a, eu honro a última flor de lácio, camões e todos que somam para esta língua maravilhosa que amo tanto. A norma culta une, não separa com muitos pregam. Acabam-se os preconceitos linguísticos se todos soubessem.

    Aproveitando o ensejo. Deixou um comentário meu sobre como algumas coisas mudadas na nossa forma de falar, tornariam o português culto mais acessível às massas.

    Não há nada diferente em usar o tu ou o você, dá na mesma, o entrave é, usa-se a próclise sem necessidade, inicia-se frases com ela porquê? Por que a balburdia com frases com pronomes átonos oblíquos de segunda pessoa, o te, sendo que usamos o você, devia-se usar, o lhe. Pede-se sempre a ênclise. A academia de letras, o que pode contribuir? E os jornalistas não usam mais a mesóclise e a ênclise por quê? E na televisão aberta, não se devia cobrar mais dos jornalistas a forma culta? Responda-me, por favor.

    ResponderExcluir